A oxigênio terapia hiperbárica é efetiva no tratamento de várias situações clínicas, destando-se o tratamento de feridas crônicas (pé diabético, má circulação, etc) e agudas (traumas), barotraumas e envenenamento por gás. De forma resumida temos:
Acidentes de Construção Civil: Existem várias atividades na construção civil que são realizadas dentro de compartimentos pressurizados com finalidade de impedir entrada de água e/ou desabamentos. Isso é empregado na construção de pontes, linhas de metrô etc. Os funcionários que estão pressurizados podem, de forma semelhante ao que acontece nos mergulhos, sofrerem doenças descompressivas ou outros tipos de acidentes disbáricos. Nesses casos, o tratamento de eleição também é a recompressão em câmara hiperbárica. Doenças Agudas e Crônicas: Em doenças nas quais existem alterações devidas a inflamação, infecção, isquemia (circulação insuficiente), hipóxia (falta de oxigenação) e alterações imunológicas (defesas orgânicas reduzidas), pode ser empregado o oxigênio hiperbárico. Esse tratamento consiste na respiração de oxigênio puro (100%) sob pressão, estando o paciente dentro de uma câmara hiperbárica. Por esse mecanismo, o oxigênio através da circulação, chega aos pontos onde está sendo necessário, conseguindo restaurar as funções orgânicas. A OHB está regulamentada pelo conselho Federal de Medicina desde 1995 (link) e consta do rol da ANS desde 2010 (link) sendo obrigatória a cobertura pelos convênios médicos. Intoxicações e Envenenamentos: As intoxicações por fumaça e gases tóxicos além de venenos inalatórios como gás cianídrico, sulfúrico, clorídrico, etc, provocam quadros às vezes graves e com alta mortalidade. O tratamento com oxigênio hiperbárico pode ser a salvação para esses pacientes, que devem ser encaminhados o mais rapidamente possível para a câmara hiperbárica.
Uma lista das indicações mais comuns seria:
1-envenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça;
2-envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos;
3-gangrena gasosa;
4-síndrome de Fournier;
5-infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasciites, e miosites;
6-isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplantação de extremidades amputadas e outras;
7-vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos, ofídios e insetos);
8-queimaduras térmicas e elétricas;
9-lesões refratárias: úlceras de pele, pés diabéticos, escaras de decúbito, úlceras por vasculites auto-imunes, deiscências de suturas;
10-lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas;
11-retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco;
12-osteomielites;
13-anemia aguda, nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea
14-embolias gasosas;
15-doença descompressiva;
16-embolia traumática pelo ar.
A oxigenoterapia hiperbárica é um método de tratamento que pode ser usado por diversas especialidades médicas e para o tratamento de diversos tipos de doenças, incluindo casos agudos ou crônicos, traumáticos, inflamatórios, infecciosos e isquêmicos.
O aumento da concentração de oxigênio nos tecidos acelera os processos locais de cicatrização e combate a infecções, acelerando como um todo o processo de reabilitação do paciente.
Há vários estudos comprovando que a oxigenoterapia hiperbárica pode encurtar o tempo de permanência hospitalar, diminuir a necessidade de procedimentos cirúrgicos múltiplos, chance de amputações, gasto com antibióticos e é capaz de trazer melhores resultados estéticos e funcionais.